terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Creepypasta: O porão






  Anos atrás, minha família foi passar as férias em Cape Cod e nós alugamos uma velha casinha para ficar por duas semanas. No primeiro andar, havia uma cozinha, uma sala de estar e um banheiro. Os quartos ficavam no andar de cima. Havia um porão, com uma maquina de lavar e uma secadora, um sofá e uma televisão.

  Na primeira noite, nós todos acordamos com um terrível grito vindo do quarto da minha irmã. Quando meu pai entrou no quarto, ele a viu sentada na cama, chorando e gritando. Meus pais sentaram ao lado dela e a confortaram até ela se acalmar o bastante para contar o que a tinha assustado.

  Ela disse que havia acordado no meio da noite por causa de um cheiro horrível. Quando ela abriu os olhos, Viu o quarto inteiro sujo de sangue do teto ao chão. Havia sangue no chão todo, Marcas de mãos sangrentas e manchas de sangue por todo o teto.

  Nós todos pensamos que ela apenas havia tido um pesadelo, mas ela se recusava a voltar para o quarto e dormiu com nossos pais pelo resto do feriado.

  Uma noite, minha mãe estava cozinhando o jantar no andar acima e meu pai havia ido dar uma volta na cidade próxima. Minha irmã e eu estávamos no porão, assistindo TV, quando de repente, a lâmpada estourou e a TV desligou, nos deixando na completa escuridão. O porão estava inacabado e tinha velhas paredes de pedra, o que o tornava um pouco assustador. Por alguns segundos, nós congelamos, sem saber o que fazer. Então nós começamos a sentir um cheiro horrível.

  Era um cheiro terrível e quando chegou a nossos narizes, ficamos nauseados. O cheiro rapidamente piorou e nós ouvimos um som de arranhar no escuro. Parecia que alguma coisa estava arranhando o chão e as paredes. Nós gritamos e começamos a tatear, tentando achar a porta. Eventualmente, os conseguimos abrir a porta e subimos correndo as escadas, gritando por nossa mãe.

  Nós contamos a ela sobre o cheiro horrível e o barulho de alguém arranhando lá embaixo. Minha mãe eventualmente concordou em descer ao porão, substituir a lâmpada e checar a fonte do cheiro. Ela pegou uma lanterna e outra lâmpada e desapareceu no porão escuro, enquanto esperávamos por ela na escada.  Nós esperávamos que ela voltasse rápido, mas ela parecia estar lá por uma eternidade.

  De repente, nós a vimos emergir do escuro e vir correndo pelas escadas. Ela bateu a porta do porão atrás dela e a parafusou-a o mais rápido que pude. Ela se virou para nós e vimos que seu rosto estava totalmente sem cor. Seus olhos estavam arregalados de medo e ela apenas disse: “Eu não quero que vocês desçam lá embaixo de novo”. Então ela foi para a cozinha e chamou a polícia. Nós escutamos a conversa dela no telefone e conseguimos entender que ela havia visto alguém lá embaixo, no porão. Enquanto esperávamos a polícia chegar, nós nos amontoamos na sala de estar, olhando para a porta do porão. A qualquer momento, nós esperávamos alguém bater na porta do porão ou tentar derrubá-la. Minha mãe se recusava a nos contar o que tinha visto.

  Quando a polícia chegou, minha mãe os recebeu na porta da frente e os mandou entrar. Minha mãe desparafusou a porta e eles desceram com suas lanternas e com suas armas sacadas. Eles procuraram pelo porão inteiro, mas não acharam nada. Não havia nenhuma outra saída do porão. Sem portas, sem janelas. O que quer que tivesse entrado ali tinha que ter saído pela porta do porão.

  Depois da polícia ir embora, minha mãe nos contou o que havia visto lá embaixo. Enquanto falava, ela ficou muito parada e quieta. Ela disse que estava trocando a lâmpada, quando começou a sentir o cheiro horrível que havíamos descrito. Então ela começou a ouvir um barulho de arranhado. Ela passou a lanterna pelo quarto e então conseguiu ver alguma coisa abaixada entre a máquina de lavar e a secadora.

  Era um homem. Abaixado sobre os quatro membros. Suas roupas estavam esfarrapadas e seu cabelo era selvagem e emaranhado, e seu rosto não parecia humano. Estava retorcido numa expressão de puro ódio. Nesse meio secundo, ele olhou para minha mãe. Seus olhos refletindo a luz da lanterna. Então ele rastejou e desapareceu por uma parede. Quando minha mãe o viu simplesmente desaparecer em pleno ar, ela deixou cair a lanterna e correu.

  Depois disso, nenhum de nós desceu até o porão. Nós mantivemos a porta trancada e parafusada. Toda noite, nós dormíamos com nossos pais e trancávamos aquela porta também. Nós encurtamos nosso feriado em alguns dias e voltamos para casa.

Creepypasta retirada e traduzida do site Creepypasta Wiki .



terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Creepypasta: Persuadido


 
Já faz duas semanas que tudo isso começou.
  Tudo começou com um acidente com um petroleiro. Estava em todos os noticiários. As pessoas pensaram que era somente outro derramamento de óleo. Houve muitos voluntários. Muitas pessoas querendo ajudar os pobres animais indefesos. Muitas vítimas. Algumas horas depois do acidente, começou a acontecer. Os animais enlouqueceram, eles estavam arranhando e mordendo os voluntários. Foi dito que aquilo era um efeito colateral do quer que estivesse naquele petroleiro.
Equipes de resgate ainda estavam tentando tirar a tripulação do navio. Eles podiam ouvir gritos vindos de dentro. Gritos para que abrissem as portas. Mas foi aí que tudo foi pro inferno, assim que eles abriram as portas.
  Houve seis minutos de transmissão antes de tudo silenciar. Seis minutos de gritos e agonia. A tripulação atacou as equipes de resgate como babuínos raivosos. Quebrando ossos e rasgando carne. As pessoas na costa não estavam tendo melhor sorte. Os que haviam sido atacados pelos animais estavam atacando as outras pessoas. Era pior que qualquer relato de zona de guerra. Era pura brutalidade, e ainda assim a transmissão se manteve por 6 minutos. Seis minutos e então faces em branco. Ninguém conseguia explicar o que estava acontecendo. Eles tentaram continuar com notícias normais: A economia, o tempo, uma história bonitinha de interesses humanos, mas não tinha como esquecermos o que vimos.
  Eu tentei continuar minha vida normalmente, mas cada vez que eu assistia os noticiários ou ia a uma banca de jornal, aquilo estava ali. Esse grande mistério. Eles tinham algumas explicações. Algum tipo de infecção, Parasitas cerebrais, mas não importava. Não era da infecção que tínhamos medo. Era “deles”.
  4 dias após o relato inicial, um estado de emergência foi acionado. E ainda assim já tínhamos visto isso antes. Em todos os filmes de zumbis. As pessoas não sabiam em quem confiar. Pessoas estavam estocando comida e armas. Alguns tentaram fugir, mas parece que todos os filmes de zumbis estavam certos. Eles não conseguiram. 3 dias depois eles chegaram à minha cidade.
Eu esperava por gemidos, cadáveres se espalhando, desmembramento, mas era aí que os filmes estavam errados. Eles corriam pela rua, gritando.  Eu me lembro de correr para a minha porta da frente o mais rápido que pude, trancando, montando barricadas, fazendo o possível para que permanecesse firme. Então fui até a janela. Eu estava no segundo andar e pude ver a carnificina. Eles eram imparáveis. Eles eram inteligentes.
  Um grupo deles foi até um prédio do outro lado da rua. Eles pularam pelas janelas de vidro. Mesmo os cacos de vidro não foram o suficiente para Pará-los. Eles continuaram vindo. Minha barricada não ia segurá-los. Eu corri pelo meu apartamento, pegando suprimentos e colocando-os no quarto mais seguro do apartamento. Eu voltei para dar uma última olhada, e queria não ter voltado. Em uma janela do segundo andar, meu rosto encontrou-se com o de um deles. Eles sabiam onde eu estava. Eu rapidamente entrei no quarto e fechei a porta.
  Eu não tenho nenhum tipo de quarto do pânico, então o lugar mais seguro em que pude pensar foi meu banheiro. Sem janelas, apenas uma porta com uma tranca. Eu enchi minha banheira e pia de água, então eu poderia me virar por um tempo. Então eu me sentei ali, no quarto escuro, com os   gritos distantes nos meus ouvidos.
  Eu comecei a pensar que tinha exagerado. Haviam se passado duas horas e nem sinal deles. Na verdade tudo ficou mais quieto e eu achei que eles tinham ido embora. Talvez eu pudesse deixar o quarto, ir ate a cozinha, pegar mais comida e esperar. Uma batida veio da porta da frente. O som de alguém usando toda a sua força contra a porta e derrubando a barreira atrás dela. Houve mais algumas batidas antes que eu soubesse que eles haviam entrado. Passos rápidos se movendo pelo apartamento. Alguns gritos e uma batida na parede ao meu lado. Meus olhos estavam arregalados. Mesmo na escuridão densa do quarto. Outra batida, e outra. Eles sabiam que eu estava ali e sabiam que eu estava assustado.
  Esse era o pesadelo zumbi que eu esperava desde o início. Eu não tinha para onde fugir. Era apenas uma questão de tempo até que eles entrassem. Eu me sentei com as costas contra a porta, esperando que meu peso extra dificultasse a entrada deles. Foi então que tudo piorou.
“Porque você não abre a porta?”
  Uma voz do outro lado da porta. Nada de gritos ou gemidos. Só uma voz calma e sussurrante. E então mais delas.
  “Viemos atrás de você”
  “Você será mais feliz se abrir a porta”
  “Não é tão ruim”
  As vozes sussurrantes se tornaram uma cacofonia de ruídos tentando me persuadir, me quebrar, me enganar. Eu tinha ouvido falar que os gemidos de zumbis poderiam enlouquecer uma pessoa, mas aquilo era pior. Um chamado sedutor. Eu me sentei no escuro e esperei e rezei para que eles se cansassem. Mas eles não se cansavam e eles não saiam. Eu consegui usar o espelho para espiar abaixo da porta, apenas para ver horríveis olhos que não piscavam, rostos sujos de sangue, gritos e mais sussurros horríveis. Isso foi há dois dias atrás.
  Eu não sei mais o que fazer... Talvez não seja tão ruim...

Creepypasta retirada e traduzida do site Creepypasta.com .

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

creepypasta: Room Zero


Já faz um tempo que eu não falo nada relacionado a Corporação Disney e tenho certeza que você sabe o porquê.

Muita coisa vem acontecendo desde minha última postagem. Recebi um monte de perguntas e preocupações de pessoas que leram meu relato em primeira mão do Palácio de Mogli, um resort que foi construído e abandonado pela disney .

Eu quero agradecer a todos que compartilharam pela internet. Infelizmente, ele foi excluído de alguns lugares, principalmente dos sites corporativos de grande influência que foram facilmente intimidados por um poder maior. No entanto, para cada tópico deletado ou postagem de blog excluída, mais umas cem surgiram.

Isso é algo que eles não conseguirão enfrentar. Não há mais volta para eles e nem pra mim.

Eu definitivamente estou sendo perseguido. Fiquei um mês ou dois isolado, paranoico. Qualquer olhar casual ou um pequeno sorriso em minha direção me causava desespero e até arrepio na parte de trás do pescoço.

A pessoa, ou melhor, a primeira pessoa que eu percebi estar me perseguindo, foi um falso consertador de telefones que ficava em volta de meu apartamento.

Ele tinha meia-idade, pastoso, vestido exatamente como qualquer um esperaria. Eu não poderia acusa-lo, mas sabia que isso não era apenas minha imaginação agindo. Ele era estranho, não parecia confortável fazendo seu trabalho de rotina.

Um dia eu segui ele de canto, mas rapidamente o perdi de vista. Quando voltei pra casa, lá estava ele. Me olhando diretamente no olhos, cerca de dez metros atrás de mim. Inexpressivo e frio.

- Explorando de novo? - perguntou ele. Isso foi tudo o que disse e havia um tom acusador em sua voz.

Diga-me se especialistas em conserto de telefones diria algo assim?

Eu acho que essa é a pior parte. Nunca me sentir seguro. Apenas sozinho. Sempre encontrava pela casa algum material diferente da Disney que eu nunca havia visto ou notado antes. Borracha escolar no formato do Mickey, uma revista da Disney Explora na minha estante, etc.

Eles esconderam pequenos Mickeys em todos os lugares. Três círculos, um grande e dois pequenos, formando a silhueta da cabeça do famoso rato.

Eu comecei a reparar em todos os Mickeys que encontrava.

Marca de copos de café em minha mesa, uma grande, duas pequenas. Garrafas de vidro coloridas deixadas na porta, vistas de cima para baixo. Grafite em muros a caminho do meu trabalho, uma enorme terra, um pequeno sol e lua nos locais e tamanhos apropriados formando novamente outra silhueta do Mickey.

Eles estão por toda parte.

As pessoas têm me enviado sobre isso também. Se você compartilhar tudo o que eu tenho a dizer, você vai começar a encontrar esses contornos filhos da puta. Eu garanto.

Uma vez, de longe, algo me fez rir por causa do horror de todo esse transtorno. Havia um desenho de giz ao lado do meu carro. Fiquei surpreso no início, andando pelo estacionamento, mantendo-se atento para as pessoas me seguindo.

O desenho no chão parecia um... Bem, uma "vítima de assassinato". Você provavelmente está familiarizado com esse desenho em filmes e séries.

Ao lado do desenho, escrito em amarelo, feito á mão... Tinha uma única palavra.

"VOCÊ"

A única coisa boa em tudo isso, é que não sou o único que viu algo que não devia.

Não vou dar nomes, porque... bem, se eu dizer o porquê, você não prestaria atenção.

“Auditores” vão para o parque da Disney sempre que podem, durante o ano. Eles não vão para se divertir ou desfrutar do passeio, etc.

Eles observam muito as máscaras de gás infantis nas pessoas.

Parece ser uma tradição, aparentemente pessoas em todo parque usavam. Homens, mulheres, adultos, crianças e adolescentes.

Todos com máscaras de gás de personagens da Disney.

Os auditores voltavam e a Disney recebia toneladas de reclamações sobre pessoas "estranhamente vestidas" andando ao redor do parque. Pessoas que se misturavam com a multidão e desaparecem.

Mais tarde, as máscaras de gás fizeram com que as pessoas as tirassem e teorias e relatos de "possíveis terroristas" começaram a fluir.

Todos esses relatórios provavelmente foram direto para a lata de lixo. Eu sei que não consigo encontrar nenhum sinal de qualquer dessas ocasiões relatadas pela mídia (embora você deve estar ciente do fato de que a Disney pode muito bem controlar a mídia como ninguém).

Esses auditores e fiscais vão aos parques, falam com algumas pessoas e tentam não chamar a atenção. Eles perguntam para três ou quatro famílias se eles viram alguém usando uma “máscara engraçada”.

Na verdade, eles querem uma máscara de gás pra usar como prova... Embora em uma ocasião, uma criança apontou para um deles na entrada do parque. Ele correu no meio da multidão e ouviu uma voz única gritar na frente dele: "Mamãe, eu quero uma máscara do Pateta também!"

Um colega que vou chamar de "Salva-vidas" trabalhou em um parque aquático da Disney de 2001 a 2003. Ele ficava no topo de um enorme tobogã de água e fazia com que nenhuma das crianças ficasse muito agitada. Colocando as crianças no tubo do tobogã para escorregar, uma de cada vez, dizendo a elas que o mais seguro era manter os braços colados ao corpo quando estivessem dentro.

Um dia, ele disse que um garoto gordo entrou no tubo, mas que não saiu do outro lado.

E sem perceber isso, enviou mais umas duas ou três crianças pra dentro. O garoto gordo havia ficado preso no tubo, e você deve estar imaginado que já que um ficou preso, as outras crianças também ficariam.

Não foi bem assim. Somente o garoto gordo desapareceu. Todo mundo saiu do outro lado, vibrando e espirrando água como se nada estivesse errado.

O salva vidas fechou o brinquedo por um instante, muito preocupado com o desaparecimento da criança dentro do tubo. Ele entrou e escorregou pelo brinquedo, e o garoto não estava lá dentro. Antes que ele pudesse chamar as autoridades para informar o desaparecimento... SPLASH! O gorducho finalmente saiu.

Os membros da equipe puxaram o garoto para fora da água. Ele afundou como uma pedra quando caiu na piscina, sua pele estava azul e os olhos arregalados. Tudo o que ele dizia era: "Crianças sem rosto" e "Pare de apertar".

O garoto estava bem fisicamente, caso você esteja se perguntando. Ele foi acarretado imediatamente ao centro médico. Quando o Salva-vidas pediu para abrir o tobogã pra saber o que havia acontecido lá dentro, ele foi ameaçado de demissão e relutantemente abriu o brinquedo novamente e voltou para seu trabalho de rotina.

Daquele momento em diante, ele ficou mais atento sobre as crianças. De vez enquanto eles saiam da fila, mas nunca algo tão sério como o caso do garoto gordo, mas sempre com um olhar de preocupação. Com o tempo tudo parecia ter sido algum sonho durante seu horário de almoço, mas ele só queria descobrir o que era realidade.

Eu li outros e-mails com relatos estranhos como esse. Eu queria que eles compartilhassem sua própria história, mas eles não queriam se expor dessa maneira. Não posso culpa-los.

A "Branca de Neve", que não era o verdadeiro papel dela no parque, era outro "personagem" do parque. Você sabe o que acontece quando um funcionário fantasiado cai morto dentro de sua fantasia?

Imagine só como deve ser... Uma hora, tirar uma foto com o pequeno Jimmy, e logo em seguida, sofrer um acidente vascular cerebral fatal?

Um segundo mascote fantasiado na área teve que senta-la no banco até outra pessoa assumir o posto, fazendo uma “limpeza a seco” e se livrando do corpo da forma mais discreta possível. Durante todo esse tempo, os clientes não faziam ideia de que estavam se sentando juntamente com um cadáver para tirar fotos.

Sinta-se livre para verificar os seus álbuns de fotos neste momento.

Isso foi ruim, mas um outro companheiro, que vou chama-lo de “Zelador”, enlouqueceu completamente.

A Disney World (e provavelmente outras corporações), construíram uma série de túneis subterrâneos bem embaixo de seus pés. Vale a pena relatar três histórias. Tudo e qualquer coisa que você pode imaginar está lá embaixo, para uso dos funcionários.

Eles são chamados de Utilizadores. Corredores de utilidade.


Basicamente, essa é a razão que você não vê personagens fora do lugar ou zeladores vagando pelo parque.


Eles entram e saem de portas escondidas e viajam pela cidade subterrânea escondida.


Zelador me disse algo que poderia ser do conhecimento de qualquer pessoa, mas que mesmo assim foi novidade para mim.

Walt Disney teve vários apartamentos construídos em seus parques. Há um bem acima do Castelo da Cinderela... Outro em Piratas do Caribe. Eles estão em todos os lugares.

Mais do que isso, há boates, um cinema, uma pista de boliche, e muito mais. Tudo por trás de portas embutidas nas fachadas caprichosas que você provavelmente passou sem notar.

O Club 22 é uma dessas áreas escondidas. Se você tiver dinheiro o suficiente para se juntar ao clube exclusivo (pois é, você não tem), então terá acesso a ele e muito mais
 
O Club 22 é um lugar onde vale tudo. A Corporação Disney chama esses lugares "Zonas Escuras". São pontos onde os personagens se trocam e dão lugar a bebidas, drogas e sim, sexo.

Também tem as “Zonas brancas” com poucos corredores de utilidade e as “Zonas Cinzas” entre eles.

O Zelador também me disse que nem sempre foi assim. Foi mais pra um declínio lento e o abrandamento gradual das normas sociais dentro desse grupo de elite.

A razão pela qual ele sabe de tudo isso? Você já deve estar se perguntando... Sim, ele fez a limpeza desses lugares.

Depois de uma verificação de longos antecedentes e vários termos de confidencialidade, o zelador subiu de um atendente de parque para um membro da equipe de limpeza da zona escura.

Agora, antes de você imaginar alguma visão satânica de "sacrifício humano" na sua cabeça, não, Zelador não viu nada do tipo. Muitas garrafas vazias de álcool? Sim. Preservativos usados espalhados como desinflados balões de ano novo? Oh, sim. Ele limpou muitas quotas de sangue, urina e vômito. A única coisa que ele pensava era a quantidade de jovens baderneiros que usavam esses corredores.

Pelo menos, é assim que ele via em retrospecto.

Todo esse lixo, merdas profanas, entraram em um forno e se misturaram com a fumaça da chaminé de uma típica casa.

Se você já foi para a Disney World, você respirou pecado ultra condensado.

Reforçando essa informação, tem outro cara que vou chama-lo de "Hammer". Hammer me enviou à moda antiga, mas eu não sei bem como ele conseguiu o endereço da minha casa. Ele me mandou fotocópias de documentos provando seu emprego, e me instruiu a queimar quando estivesse convencido.

O que eu fiz de bom grado.

Hammer trabalhou ao redor do parque Disney World, fazendo a demolição e construção. Em um ponto, ele se aproximou conversou com seu superior em relação a alguns estranhos planos de construção.

Era uma ampla área retangular marcada nos projetos, do tamanho de um supermercado. Na área, foram deixadas somente as palavras "NÃO CAVE".

Ele não queria falar sobre isso, não queria saber sobre isso e terminou a conversa com "este espaço foi intencionalmente deixado em branco".

Hammer não entendeu. A área parecia um desperdício de espaço e entrou diretamente em conflito com o trabalho que sua equipe tinha designada. Ele começou a picar ao redor da área em suas folgas, encontrando apenas uma porta de aço abandonada e uma grande extensão de concreto logo depois.

Era um "vale do supermercado" do piso em branco, cinzento.


Logo depois, Hammer encontrou com os cadáveres usando as máscaras de gás.


Ao contrário de todos os outros relatos anteriores, as pessoas... ou melhor, as "coisas" que estavam usando as mascaras, estavam todas caídas, empilhadas e espalhadas pelo quarto. Centenas de cadáveres fracos, lesionados... Como cervos que foram presos e não conseguiam mais fugir.

As mascaras de gás tinham os rostos do personagem da Disney com filtros presos... Ele observou que elas pareciam molhadas por dentro, embaçados como uma janela de carro. Pequenas gotas de água brilhavam por trás do vidro, tornando-se impossível qualquer um enxergar através.

Indo mais longe, Hammer começou a fazer perguntas de todos aqueles que já trabalharam no parque por uma década ou mais.

Ele bateu impasses por toda parte, até que ele foi direcionado para Aida, uma mulher idosa que trabalhava em um restaurante na rua principal. Ela tinha estado lá desde o caminho de volta e embora ninguém tivesse a coragem de perguntar diretamente, todos sabiam ela tinha muitas histórias terríveis para contar.

Hammer perguntou sobre o espaço vazio, e em seguida, sobre os clientes mascarados. No começo ele pensou que iria receber um “não sei” como resposta. Ela estava quieta. Estranhamente quieta.

"Room Zero", ela resmungou, e em seguida colocou a mão em sua boca como se tivesse falado algo que não deveria ter dito.

Ela não olhou para o homem durante toda a conversa.

Room Zero (ou quarto zero) era mais outro quarto escondido, como os apartamentos e o Clube 22. Entretanto, seu tamanho e sua profunda mancha sob o parque está localizado para além de qualquer uma das zonas escuras de "diversão".
Era um abrigo contra bombardeio aéreo.

Room Zero foi construído para resistir a um ataque massivo, seja ele conduzido por inimigos estrangeiros ou nacionais.

A sala era abastecida com alimentos suficientes para o número médio da quantidade máxima de pessoas dentro do parque, e abrigava um quatro menor ainda conhecido como "quarto do pânico", para os superiores da Disney.

Durante a segunda guerra mundial, realmente máscaras de gás oficiais Disney foram produzidas para as crianças em caso de ataque. A ideia era que seria menos assustador para as crianças se o rosto de Mickey fosse estampado sobre o dispositivo de segurança em tempo de guerra.

Sim, eu sei os problemas óbvios com isso.

Durante o susto da guerra fria dos anos 60, quando foi construída a Disney World, a Room Zero foi abastecida com máscaras semelhantes também. Se eles não se preocupassem com os medos das crianças, ou apenas fossem insensíveis, talvez não tivesse acontecido aquilo lá embaixo.

Além do mais, algum gênio decidiu que as crianças não ficariam tão assustada com as máscaras de gás se seus pais as usassem... A assim, todas as máscaras, adultos e criança, foram feitas para cumprir com esta norma louca.

Aida o descreveu como "tratar uma ferida com suco de limão".

Nada disso explicava o que Hammer havia visto. Não só as aparências aparentemente sobrenaturais das pessoas, mas também o quarto esvaziado lá dentro.

- Eu estive lá – explicou ele – Só há um piso de cimento e quatro paredes na Room zero.

- Não - Aida abanou a cabeça e cobriu sua boca, abafando um soluço – Você esteve em cima da Room Zero. Aquilo foi planejado perfeitamente. Quando alguém descobrisse que houvesse um subsolo, iria vasculhar e encontrar aquele espaço vazio e nem imaginaria que existe outro saguão bem abaixo daquele.

Algo ou alguém soou o alarme, num dia em que a capacidade do parque estava no máximo. O aviso era claro. Eles estavam sofrendo um suposto ataque aéreo.

Os seguranças levaram todos para a Room Zero. Lá, eles foram ordenados a colocarem suas máscaras e acolherem-se durante o bombardeio.


Tudo estava calmo nos primeiros trinta minutos, exceto as crianças que choravam e os sussurravam assustadas. Ninguém queria morrer, então os pais eram gratos de alguma forma por esta estranha medida de segurança.

Então, alguém deu o primeiro grito.

- Ei! - um homem gritou - Pare de me beliscar!

Uma onda de gritos começou a se alastrar na multidão, de uma parede à outra.

- Quem está correndo? Acalme-se! - Alguém gritou.

- Quem está rindo? Isso não tem graça!

- Ow! Quem pisou no meu pé?!

Apesar dos guardas de segurança pedindo para manterem a calma, a multidão ficou ainda mais agitada, até que, finalmente, depois de quase uma hora de loucura...

As luzes se apagaram.

Todos morreram.

O que veio em seguida só pode ser descrito como caos. No escuro, somente as paredes dos jovens e os gemidos dos adultos podiam ser ouvidos em um maciço, inchaço que sangrava os ouvidos de todos dentro daquela câmara de eco negra.


Um grupo de membros da equipe e alguns poucos funcionários conseguiram atravessar a porta, dispostos a enfrentar a guerra acima, ao invés da insanidade abaixo. O que eles encontraram, porém, foi um parque temático desolado, ainda intocado.


Não havia ataque nenhum. A música continuava a tocar, ecoando pela cidades de contos de fadas em silêncio.

Ao retornar à Room Zero, os poucos que ficaram no topo da escada aço que chumbo na escuridão se levantaram, não ouvindo nenhum sinal de batalha anterior. Havia apenas silêncio.

Aida desceu as escada, apesar da mendicância daqueles que deixou acima.

Ela alcançou as portas reforçadas, agora inundado na escuridão e ouvindo apenas o zumbido nos ouvidos.

Uma única voz saiu da escuridão. O eco tornou impossível dizer se a voz rouca, veio da parte de trás do abrigo ou se foi bem na frente de seu rosto.

-Feche a porta, querida. Você está deixando mais frio aqui dentro.

Dominada pelo terror, ela fez exatamente isso. Dentro de dias, a coisa toda... Abrigo, escadaria, tudo... estava coberto com os pés em cima de pés de cimento. Sistemas de ar e geradores acima de seu teto foram removidos, criando o grande espaço vazio.

- Eles ainda estão lá embaixo - Aida disse para Hammer - Com quem quer que fosse, de alguma maneira, eles não estão mortos.

Você pode notar que o único nome verdadeiro que usei foi o da Aida.

Infelizmente, ela faleceu logo após contar sua história. Queda acidental, supostamente, depois de sair da cama para acender a luz.


“Uma adoradora do seu antigo emprego”, o jornal local publicou, devido as várias silhuetas do Mickey que foram encontradas em sua casa. Silhuetas que não estavam lá quando visitei o local após o acidente, e silhuetas que estão começando a aparecer em meu apartamento.

Creepypasta retirada do site Wiki Creepypasta Brasil.