sábado, 21 de março de 2015

Creepypasta: Annora Petrova

   
                    




    Para: Breeiceq@-------- .com
    Assunto: POR FAVOR BREE LEIA ISSO! NÃO APAGUE!

  
 Eu sei que você me odeia, mas nós já fomos melhores amigas e eu preciso que você leia isso. Estou com sérios problemas e não há nada que você possa fazer, mas eu peciso que você leia isso para que entenda. Sei que não nos falamos desde as eliminatórias. Isso vai durar para sempre, mas espero que entenda que não foi culpa minha, pelo menos não inteiramente. Eu sei que todos acham que foi minha culpa, mas eu nunca faria nada para te machucar. Eu sei que isso vai parecer loucura, mas estou contando isso para você para que pelo menos alguém saiba o que realmente aconteceu.
 
Tudo começou na oitava série, durante a competição Crystal Classic. Eu estava em casa e não conseguia dormir por estar nervosa em relação aos concorrentes. Eu havia ganhado um computador novo e estava tentando navegar na internet. Depois de me conectar, não conseguia me concentrar, só ficava sentada lá. Então eu comecei a fazer umas pesquisas aleatórias e resolvi procurar meu nome no google. Eu nunca deveria ter feito aquilo, Bree, No começo, eu só encontrei aquelas coisas aleatórias que você encontra quando googleia a si mesmo. Mas aí eu encontrei uma página na wikipedia sobre mim. Não tinha muita coisa lá. Havia meu nome, data de nascimento, cidade em que morava, essas coisas. Mas o que foi realmente estranho é que a página dizia que eu havia ganhado a competição do dia seguinte.

Eu ri. Com certeza alguém havia feito aquilo para me encorajar. Até falei com meu pai sobre isso, mas ele negou. Eu fiquei muito feliz quando ganhei o concurso no dia seguinte. Foi a primeira competição que eu ganhei e eu me sentia muito bem. Até passei a me esforçar mais depois daquilo. Foi quando meus pais contrataram Sergei para me treinar, e você deve imaginar o quanto isso deve ter custado. Depois daquilo, eu passei a visitar a página antes de cada competição e ela sempre dizia em que posição eu ficaria. Ela disse que eu ganharia as regionais, e tudo se cumpriu. Depois disso, Sergei convenceu meus pais de que eu tinha uma chance nas olimpiadas, e eles me tiraram da escola.

Eu patinava todo dia mas não progredia da forma que Sergei dizia ser necessária para ganhar o campeonato. Eu havia me esforçado tanto e estava patinando tão bem e ainda assim não era boa o bastante para os padrões de Sergei. Então chegaram as eliminatórias. Eu só pensava em ganhar, então fiz algo que não deveria ter feito. Todos diziam que você era a favorita e eu sentia que já tinha perdido, então eu criei uma conta na wikipédia e tentei atualizar a página para que dissesse que eu venci o campeonato. O mais estranho é que toda vez que eu tentava atualizar a página, aparecia a mensagem: "Annora Petrova é uma vadia egoísta que vai ter o que merece".

Eu fiquei devastada. É por isso que parecia tão triste. É como se eu estivesse numa espécie de transe naquele dia. Me lembro de ver sua apresentação, da lâmina se desprendendo. Então, a última coisa de que me lembro é de estar caída no chão, com o rosto coberto de sangue. Então eles puseram a culpa em mim, porque eu estava com seus patins mais cedo. Bree, eu juro que eu não fiz nada com seus patins. Eu nunca faria nada para te machucar. Mas ninguém nem quis ouvir meu lado da história. Quando eu fui banida da competição e de outras futuras, disseram que eu tive o que merecia.

Acho que você ouviu dizer que Sergei me abandonou depois daquilo. Disse que eu estraguei tudo. Ninguém mais falava comigo. Sabe o que é ser ignorada por todos? E, em seguida, a página ficou pior. Sempre que eu a verificava, ela estava dizendo coisas horríveis sobre mim. Eu não consigo citar nem metade delas. A linguagem era tão chula, tão vil... Eu chorava sempre que lia, ms não conseguia parar de ler. Eu até fiz uma denuncia para a wikipédia, mas eles afirmaram não saber de página alguma. Eu estava sozinha, em casa, numa sexta feira à noite e decidi ver se havia sido deletada. Ainda estava lá, mas dessa vez dizia: "Annora Petrova é uma orfãzinha patética". Entrei em pânico e tentei ligar pros meus pais, mas sempre que eu tentava, tudo que eu ouvia do outro lado era uma risadinha cruel. Devo ter ligado centenas de vezes, até que a risada parou.

Após o acidente, eu pedi a polícia que checasse os celulares dos meus pais, mas não acharam nenhum registro das minhas ligações. Eu estava devastada. Na época, eu fiquei tão ocupada com treinos e tarefas de casa que nunca percebi o quão sozinha eu estava. Você até tentou se aproximar, mas eu estava tão zangada e deprimida que estraguei qualquer chance de sermos amigas novamente. Depois que fiz dezoito anos, recebi uma certa quantia em dinheiro da pensão, então vim para a suíça. Decidi seguir em frente. Minha patinação começou a decolar. Não tinha se passado nem um ano e tudo aquilo já parecia estar no passado. É por isso que eu não deveria ter feito o que fiz, Bree. Estou escrevendo de um antigo hotel em Praga. Farei testes para o Ice Circus amanhã. Sei que é o tipo de coisa do qual geralmente tiraríamos sarro, mas eu quero muito isso. Eu estava tão nervosa que resolvi acessar minha página na wikipédia. Mas quando chequei a página para ver se tudo daria certo amanhã, tudo o que ela dizia era: "Annora Petrova morreu sozinha e sem amigos", e tinha a data de hoje listada como a de minha morte. Estou chorando tanto que mal consigo terminar de escrever isso. Só queria que você soubesse a verdade. Por favor, acredite em mim, Bree. Anexei um print da página para que você acredite em mim. Está tudo lá, assim como eu disse. Não sei o que fazer. Não conheço ninguém aqui e ninguém fala inglês. Ainda estou atualizando a página. 

Meu deus, continuo atualizando, mas nada mudou, e estou esperando a meia noite chegar. Eu não sei o que fazer, então me tranquei no meu quarto. Faltam apenas alguns minutos para a meia noite, mas tudo o que posso fazer é continuar tentando atualizar a página. Estou exausta, mas não consigo e nem devo parar. Tenho medo de deixar o computador antes de descobrir o que vai acontecer.





Creepypasta retirada do site Lua Pálida

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Serial Killers: John Wayne Gacy






John Wayne Gacy parecia bom demais para ser verdade. Um homem de família, 
 empreendedor, homem do ano e palhaço de festas, nas horas vagas. Não é de se admirar que aqueles que o conheceram o adorassem tanto. No entanto, Gacy escondia uma faceta sombria. Uma infância abusiva, um tumor na cabeça e doentias perversões sexuais o transformaram num dos assassinos mais notórios da dos EUA e do mundo. Agora, é hora de revisitarmos alguns de seus mais terríveis crimes, sua vida e suas motivações. Bem vindos, meus amigos, ao Hall da fama dos serial killers .
 
John Wayne Gacy quando criança.
Infância e adolescência.
John Wayne Gacy Jr. Nasceu em 17 de março de 1942 em Chicago, Illinois. Viveu com sua família em uma vizinhança de classe média. Era o filho do meio, tendo nascido dois anos depois de sua irmão mais velha e dois anos antes de sua irmã mais nova. Apesar de não ser uma criança popular, era muito querido por seus professores e colegas de trabalho e fez alguns amigos na equipe de escoteiros da qual fazia parte.
No entanto, Gacy teve uma infância e adolescência difíceis e traumáticas. Seu pai era um alcoólatra abusivo que batia nele, na mãe e nas irmãs. Além disso, o pai ridicularizava John por sua homossexualidade. Apesar disso, ele amava o pai incondicionalmente e desejava mais do que tudo conseguir sua aprovação.
Além disso, teve vários problemas de saúde. Para começar, desenvolveu um tumor no cérebro causado quando bateu a cabeça em um balanço. No entanto, o tumor não foi descoberto até que ele completasse dezesseis anos, quando ele sofria de uma série de desmaios que lembravam ataques epilépticos. Os desmaios pararam após ele receber a medicação adequada. Aos dezessete anos, foi diagnosticado como portador de uma anomalia cardíaca não explicada. Ele foi internado em diversas instituições ao longo dos anos, mas a causa de sua doença nunca foi descoberta. E, apesar de seu problema de coração, ele jamais teve um ataque cardíaco.


Juventude e início da idade adulta.
Eventualmente, Gacy abandonou o ensino médio e fugiu para Las Vegas, onde trabalhou como zelador de uma casa funerária. No entanto, John estava insatisfeito porque não arranjava um emprego decente. Ele queria arranjar dinheiro para voltar para casa, mas foi difícil, pois era difícil arranjar um emprego sem um diploma de ensino médio. Depois de três meses, arranjou o dinheiro e voltou para casa, onde foi recebido com muita alegria por sua mãe e irmã.
Pouco tempo depois de retornar, ele conseguiu se formar no ensino médio. Na faculdade, desenvolveu um talento como vendedor e formou-se em administração. Depois, começou a trabalhar numa loja de sapatos. Não demorou para provar sua excelência e ser transferido para gerenciar uma companhia de roupas masculinas em Springfield, Illinois.
Mais tarde conheceu uma colega de trabalho e se casou com ela. O pai da moça tinha uma rede de restaurantes Fast-Food. Gacy passou a trabalhar para ele e gerenciou o negócio com desenvoltura.  Ele e sua esposa tiveram um menino e, quando se mudaram para Lowa, nasceu sua filha.
No entanto, mesmo casado e com filhos, a homossexualidade de Gacy ainda não havia desaparecido. Em 1968, foi acusado de sodomizar um garoto, chamado Mark Miller. Mais tarde, Gacy contratou um garoto chamado Dwight Anderssen para espancar Miller, que havia testemunhado contra ele. Mas John foi descoberto. No fim, foi condenado a dez anos de prisão, mas cumpriu apenas um ano e meio, devido a seu bom comportamento.  Enquanto estava na prisão, sua mulher se divorciou dele. Ainda foi acusado de abuso sexual a outro garoto ao sair da prisão, mas, como o garoto não apareceu para testemunhar no tribunal, Gacy acabou ficando livre.



Recomeço e primeiro assassinato.
Fora da prisão, Gacy começou a reconstruir sua vida: Mudou-se para Chicago, onde se envolveu com a política e serviços comunitários locais, sendo até mesmo eleito homem do ano por isso. Casou-se com uma amiga de infância, com quem teve duas filhas. No início dos anos 70, iniciou um negócio de pintura e decoração de ambientes, onde oferecia emprego para jovens sem nenhuma experiência profissional. Sempre dava várias festas e churrascos e até se vestia de palhaço várias vezes, para divertir as crianças. No entanto, havia algo estranho: Um cheiro horrível exalava de seu jardim. As pessoas sempre comentavam sobre isso e sua mulher achava que havia um ninho de ratos mortos debaixo da casa. Gacy alegava que o problema era um encanamento de esgoto. No entanto, a verdade era bem mais sinistra.
Ele cometeu seu primeiro assassinato em 1972. A vítima foi um garoto chamado Timothy Jack Mccoy. Gacy conheceu Tim em um terminal de ônibus na cidade, enquanto sua mulher e filhos estavam fora. Tim estava viajando de Michigan a Omaha. Após levá-lo para fazer um tour pela cidade, Gacy o levou para casa e disse que ele poderia dormir ali, e que de manhã o levaria para o terminal de ônibus. No dia seguinte, Gacy acordou e viu Tim parado à porta, segurando uma faca. Gacy pulou da cama e Tim levantou as mãos, cortando Gacy acidentalmente no processo (ele tinha uma cicatriz no braço para provar). Gacy bateu nele e acabou matando-o. Quando Gacy desceu e viu a mesa de café preparada, ele compreendeu: Tim havia preparado o café e subira para acordá-lo, mas acabou levando a faca consigo, distraidamente. Gacy o enterrou em seu porão.
Em 1976, Gacy e sua esposa se separaram, devido a problemas conjugais.
Algumas de suas outras vítimas foram Johnny Butkovich, um rapaz de dezessete anos amante de carros;  Michael Bonnin, que também trabalhou para John e era muito hábil com as mãos; Billy Carroll Jr. Que já havia cometido delitos menores; Gregory Godzik, que estava trabalhando em seu pontiac;  John Szyc, cujo carro, um Plimouth Sattelite, foi vendido ilegalmente a outro jovem por Gacy; e Robert Gilroy, um amante de cavalos. Todos eles trabalhavam para Gacy e foram algumas de suas vítimas mais notórias, sendo que muitos estavam realizando trabalhos para ele quando desapareceram.  Mas as outras vítimas de Gacy eram em maior parte jovens fugidos de casa ou homossexuais que se prostituiam.
Ele enterrava os corpos de suas vítimas no jardim e no porão de sua casa. Mas, depois que o número de corpos ficou grande demais para o jardim, ele começou a jogar os corpos no rio.

Algumas das vítimas de Gacy.


Modus Operandi.
Gacy costumava atrair suas vítimas até sua casa, muitas vezes oferecendo emprego, mas ele também tinha outro método. Ele rondava pela cidade com seu Oldsmobile preto, passando principalmente por terminais de ônibus, áreas de bares ou áreas onde homossexuais se prostituiam, à procura de garotos de programa ou meninos fugidos de casa. Oferecia carona à vitima e a sedava usando um pano embebido de clorofórmio ou apontava-lhe uma pistola e o levava para casa, onde o jovem era estuprado, espancado, abusado, sodomizado e sufocado. Quando O corpo não respondia mais, Gacy se livrava dele.

Jeffrey Rignall

O sobrevivente.
Jeffrey Rignall havia voltado de viagem recentemente e estava indo à região dos bares, quando o oldsmobile preto apareceu e cortou seu caminho. Gacy ofereceu carona ao homem e ele aceitou. Porém, ele também foi dopado pelo clorofórmio de Gacy. Ele chegou a acordar algumas vezes a caminho da casa do assassino, mas sempre que tentava voltar a si e entender o que estava acontecendo, Gacy o dopava com o clorofórmio novamente.
A única coisa de que Rignall se lembrou de quando estava acordado era de um homem gordo que estava nu diante dele, lhe mostrando sua coleção de objetos de tortura sexual, com a qual estava prestes a abusá-lo. Assim, o homem foi estuprado, sodomizado e drogado por Gacy a noite toda.
No dia seguinte, acordou vestido diante da estátua de Lincoln Park. Se sentindo mal, foi para a casa da namorada, onde descobriu as horríveis queimaduras e hematomas que lhe foram infligidos por Gacy. De lá, foi para o hospital, onde descobriu que seu fígado havia sofrido estrago permanente devido à alta dose de Clorofórmio que John havia utilizado nele. Ficou no hospital por seis dias. No entanto, teve sorte de estar vivo. Vários outros jovens passaram pelo mesmo que ele e não sobreviveram para contar a história. Ele jurou encontrar o homem que o torturou e humilhou.  Assim, por meses ele ia para a única estrada de que se lembrava em um de seus breves períodos acordado e esperava. Foi assim por dias, até que ele finalmente viu o Oldsmobile, o seguiu e, assim que descobriu o nome de John, prestou queixas contra ele por abuso sexual.
Robert Piest



Evidencias
O cerco começou a ser fechado em volta de Gacy depois do desaparecimento do jovem Robert Piest. O garoto trabalhava numa farmácia e tinha uma entrevista de emprego com John Wayne Gacy no dia de seu desaparecimento. A mãe do garoto ficou esperando na farmácia por seu retorno, mas a demora do filho a preocupou e ela chamou a polícia. O tenente Joseph Kozenczack cuidou da investigação.
Joseph foi até a casa de John para interrogá-lo sobre o garoto. John, no entanto, não lhe atendeu, alegando que havia ocorrido uma morte na família e que ele precisava fazer algumas ligações, mas que se apresentaria mais tarde na delegacia. Ele foi à delegacia, mas disse que não sabia nada sobre o desaparecimento e ainda alegou que realmente tinha uma entrevista de emprego com Robert, mas este não tinha aparecido. Depois disso, ele foi embora, mas Kozenczack conferiu a ficha de Gacy e descobriu sobre as acusações anteriores de sodomia. Algum tempo depois, ele obteve um mandado de busca para a casa de Gacy. A polícia investigou a casa no dia 13 de dezembro de 1978, e encontrou muitos brinquedos sexuais, revistas pornográficas homossexuais, drogas e objetos aparentemente pertencentes às vitimas. Também foram confiscados três carros, e, dentro do porta-malas de um deles, haviam cabelos que mais tarde foram confirmados como sendo de Piest. Eles também entraram no espaço apertado abaixo da casa de Gacy, e repararam que havia um cheiro rançoso no ar, além de um chão de limo intocado. As provas foram levadas para teste e Gacy foi interrogado novamente, mas chamou seu advogado e foi liberado. No entanto, ele foi colocado sob vigília de vinte e quatro horas.
Finalmente, a polícia decidiu prender Gacy por posse de drogas. Ao fazer testes nas evidência que encontraram, eles conseguiram provas contra Gacy. Descobriram que os objetos haviam pertencido ás vítimas e também sobre empregados de Gacy que haviam desaparecido. Finalmente, John confessa ter matado alguém, mas diz ter sido por legítima defesa. Ele confessou ter enterrado o corpo abaixo da garagem e marcou o corpo onde pudessem achar. No entanto, a polícia procurou no espaço apertado e descobriu um monte de terra suspeito, que escavaram, e encontraram os restos de um corpo. A partir daí, redobraram seus esforços em busca dos corpos, buscando-os como se fossem restos num sítio arqueológico.  Com o tempo, Gacy confessou o assassinato dos outros adolescentes e entregou um mapa com a localização de 23 cadáveres e mais os que estavam no rio. Entre estes estava o corpo de Robert Piest.
Mapa dos corpos.


Julgamento, vida na prisão e morte.
O julgamento de Gacy  começou em 6 de fevereiro de 1980. Enquanto a defesa argumentava que Gacy era insano e por isso não tinha controle sobre suas ações, a promotoria afirmava que John sabia a diferença entre certo e errado, e portanto estava em pleno controle de suas ações. A defesa tentou de tudo: Chamaram psiquiatras, que classificaram John como Pseudoneurótico esquizofrênico paranoico, Sociopata, personalidade fronteiriça, Narcisista, mentiroso patológico; e até mesmo chamaram Jeffrey Ringall para testemunhar, numa tentativa de convencer o júri de que Gacy não era culpado por suas ações. No entanto, não deu certo: Jeff se estressou de tal maneira ao contar o que sofreu nas mãos do assassino, que vomitou e chorou em plena corte. Gacy olhava, sem mostrar sinal de remorso.  Os que testemunharam contra Gacy foram principalmente parentes e amigos da vítimas, embora seus empregados também tenham sido chamados para depor. Num último recurso, a defesa chamou a família e amigos de Gacy para depor. A família, por sua vez, citou o acidente com o balanço, os problemas de saúde de John e o abuso de seu pai alcoólatra. Mas nem os psiquiatras e nem a família adiantaram: Gacy foi considerado culpado pela morte de 33 rapazes, com completa consciência de seus atos. Foi condenado a 12 penas de morte e 21 prisões perpétuas.
John ficou preso por dez anos, sempre tentando entrar com alegações de insanidade e sempre falhando. Em uma tentativa de se salvar, ele deu uma entrevista para a televisão, onde tentava se pintar como uma pessoa boa, e não o monstro que o retratavam, apesar de ter mostrado grande desdém para com a família das vítimas. Este último truque também falhou.
Na prisão, ele se dedicou bastante à arte, pintando vários quadros e autorretratos, que hoje valem milhões de dólares. Era bem meticuloso também, sempre anotando e registrando tudo o que fazia.
Foi executado em 9 de maio de 1994. Suas últimas palavras foram: “beijem minha bunda! Vocês nunca vão saber onde eu enterrei os outros!” Provavelmente se referindo a três corpos que nunca foram encontrados.




Alguns dos quadros pintados por Gacy na prisão.


Lista de vítimas identificadas.
Timothy McCoy (15 anos)
 John Butkovitch (17 anos)
 Darrell Sampson (18 anos)
 Randall Reffett (15 anos)
 Samuel Stapleton (14 anos)
 Michael Bonnin (17 anos)
 William Carroll (16 anos)
 Rick Johnston (17 anos)
 Kenneth Parker (16 anos)
Michael Marino (14 anos)
Gregory Godzik (17 anos)
 John Szyc (19 anos)
Jon Prestidge (20 anos)
 Matthew Bowman (19 anos)
Robert Gilroy (18 anos)
 John Mowery (19 anos)
 Russell Nelson (21 anos)
 Robert Winch (16 anos)
 Tommy Boling (20 anos)
 David Talsma (19 anos)
 William Kindred (19 anos)
 Timothy O' Rourke (20 anos)
 Frank Landingin (19 anos)
 James Mazzara (21 anos)
 Robert Piest (15 anos)


Referências:

Informações e fatos:

Crime Library

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Creepypasta: O efeito Gündschau (+ 18)

   Esta creepypasta apresenta conteúdo considerado impróprio ou ofensvo e por isso oi classificado como para maiores de 18 anos. Se você é extremamente sensível  certos temas ou menor de idade, eu sugiro que não leia. Se você decidir desobedecer esse aviso, faça-o por sua conta e risco, afinal, você foi avisado. Obrigado pela compreensão.

Quando Hitler invadiu a polônia em 1939, não havia experimentos acontecendo. Mas isso mudou após a tomada de uma pequena aldeia polonesa. Em 1940, ocorreu um experimento de cinco dias, que testava o impulso humano sobre a gula com comida e iguarias, e ficou conhecido como "o efeito Gündschau". O cientista de mesmo nome foi morto por um colega logo após o experimento, mas o áudio registrado nas experiências foi encontrado. O que você vai ler agora são os relatos contidos nas  fitas originais, traduzidas pelos aliados como prova para os julgamentos de Nuremberg.




Dia 1

Aqui é doutor Claus Gündschau. Estou acompanhado por meus colegas médicos Viktor Übelgrentz e Josef Wehrmein. Hoje é o início de uma experiência de cinco dias, para testar se a fome pode vencer a dignidade e o senso humano. Temos quatro pessoas sendo testadas: dois grandes homens poloneses, uma mulher grávida, e a filha de um dos homens.

Nós alimentamos eles javali assado para o jantar, e deu melhor vinho da Alemanha. Os sujeitos reagiraam como o esperado, ficaram muito felizes e surpresos. Fizemos pouco caso com estes seres humanos, se é isso mesmo o que eles realmente são, pois eles serão confrontados com grandes dilemas morais.

Dia 2

Todos os quatro indivíduos estavam aqui esta manhã. Eles foram servidos com algumas bolachas waffles no café da manhã, com suco de laranja e leite para acompanhar. Bacon, ovos e lingüiça também foram servidos. Era 01:30, horário central alemão, quando ambos os indivíduos do sexo masculino receberam a sua primeira tarefa. Foi dado para cada um deles uma faca. Seu objetivo era lutar até a morte.

Se eles se recusassem, ambos seriam fuzilados. Se eles não tiverem terminado nenhuma das outras disciplinas, eles seriam torturados, e em seguida, mortos. Como esperado, eles cooperaram. Ironicamente, o que ocorreu, o pai da menina acabou perdendo. A mulher e a menina ficaram chorando durante à noite, então tivemos que deixar o microfone desligado. O corpo do homem foi arrastado pelos guardas. Os três restantes comeram guisado. Vamos apenas dizer que nos colocamos um ingrediente extra na comida deles.

Dia 3

As cobaias foram acordadas esta manhã. Cada um recebeu croissants de queijo com manteiga para mergulhar dentro. Apesar de ser considerado, nenhuma droga foi injetada no homem ao longo da noite, dada que esta é uma experiência puramente mental; há variáveis ​​permitidas. O teste foi administrado em 15:35, hora central alemão. A médica entrou no quarto, e ajudou o homem a operar a mulher grávida. O homem, pensando que sua bolsa estourou, obedeceu.

O médico deixou a bolsa sobre a mesa após o nascimento. Em seguida, instruiu-o, em particular, para extrair o coração do bebê e consumi-lo. Considerando a alternativa, ele concordou após nossa forte persuassão. Ao entrar no quarto, ele abriu a bolsa. Não revelamos o conteúdo para a mãe, no interior, ele encontrou uma grande variedade de instrumentos cirúrgicos. Depois do que parecia ser uma oração, ele tomou o menino da sua mãe e atingiu a faca no seu peito. Assim, ele morreu instantaneamente.

Ele então cortou seu peito e puxou seu coração, ainda batendo. Ele então enfiou na sua boca, mastigando e chorando enquanto o bebê continuava a tossir sangue. Os guardas removeram o torso da criança enquanto o homem olhava os prantos da mãe. 

Dia 4

Três sujeitos permaneceram, a mãe sobreviveu graças a uma operação de emergência. Ela está fisicamente intacta, mas mentalmente alterada. Ela começou a murmurar para si mesma, e não demonstra emoção alguma. Uma terapia de eletrochoque foi considerada, mas considerada desnecessária. Para as cobaias foi servido salsichas.

A mulher foram dadas suas primeiras e última tarefas. Ela concordou, sem resmungar, o que era incomum. Primeiro ela teve a palavra "vadia" escrita em seus seios. Então, fornecendo ferramentas adequadas, pedimos a ela para cortar suas próprias fezes e ingeri-las. Vou admitir, nos divertimos muito com ela durante a experimentação. Devo notar que ela fez isso sem demonstrar dor ou desgosto, o que é intrigante. Então chamamos o homem.

O trabalho dele era levar o cadáver congelado do bebê e espancá-la até a morte com ele. Tristemente, ele concordou, fez o trabalho, e a mulher não parecia sentir dor. A menina, como previsto, estava fora de si. Algo inesperado aconteceu após o teste. O homem confortou a menina, explicando o melhor que pôde a situação. Duas cobaias permaneceram. 

Nota pessoal: O Doutor Übelgrentz tentou assassinar um guarda hoje, então, em coordenação com o protocolo, eu atirei nele. Doutor Wehrmein continua empenhado no experimento.

Dia 5

Nenhum deles dormia. Atormentados pelos eventos anteriores, eles se abraçaram, na esperança de sobreviver. Ambos foram alimentados com os melhores crépes da França como a sua refeição final. Ao homem foi dado a sua última tarefa em troca da promessa falsa de libertação, já que esta era a única maneira que poderia levá-lo a fazer qualquer coisa. Ele foi levado a estuprar a menina, em todos os orifícios.

Concordando, desta vez, sem aparente arrependimento, ele cometeu o ato, deixando-a quase morta. Em seguida, demos a ele uma serra, então disse a ele que a cortasse pela metade, começando com as pernas. Ele fez isso, não dando atenção aos gritos da menina, e, em seguida, ele finalmente ficou louco. Tomando a serra, cortou a própria cabeça ao meio. Isso é quase medicamente impossível, assumindo que seu cérebro estaria para fora antes que ele pudesse terminar.

Nota Final

Parece que as várias de promessas de sobrevivência conduziram esses animais assassinos a se mostrarem em sua verdadeira forma animal. Isto confirma tanto o meu e os pensamentos de Führer: Sob certas condições controladas, o ser humano fará qualquer coisa contra sua própria espécie.





Creepypasta retirada e adaptada do blog Lua Pálida .

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Creepypasta: A velha senhora

 Uma tarde, em um shopping center, uma mulher saia de uma liquidação em uma loja. Estava de ótimo humor.  Ela foi até o carro e colocou tudo o que havia comprado no porta malas.
 
Quando acabou, viu uma senhora parada ao lado da porta de passageiros de seu carro. A velha disse: "você poderia me dar uma carona até minha casa? eu não tenho carro e estive andando o dia todo. Estou muito cansada". A mulher respondeu que sim e abriu a porta do carro para a velha.

Quando entrou no carro, ela se sentiu desconfortável. olhou dentro da bolsa. Suspirou: "Ai, meu deus, esqueci meu cartão de crédito. Vou ter que voltar ao shopping e ver se alguém o achou". A velha respondeu:"Eu espero você aqui, querida".

A mulher foi procurar alguém que lhe ajudasse a achar o cartão. Então, ela achou um segurança do shopping e lhe contou sobre a situação. Eles voltaram ao carro da mulher, e a porta de passageiros estava aberta. Em cima do banco, estava a sacola que a velha carregava. Dentro da sacola estava seu vestido. Também estavam lá uma peruca de cabelos brancos, uma máscara de plástico similar ao rosto da mulher velha, e uma enorme faca de açougueiro.





Creepypasta retirada e adaptada do canal Fator Medo .

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Creepypasta: Aquele que os demônios temem


Numa noite escura, algumas semanas atrás, eu estava tentando dormir. Pelo canto do olho, eu vi algo me observando. Tinha os olhos de um animal enfurecido e parecia que ia me atacar a qualquer momento. Eu tentei soltar um grito, mas minha voz não saia. Eu estava petrificado na cama e sabia que, no momento em que me movesse, a coisa me mataria. Eu só olhei para aquilo, por bastante tempo, tentando entender porque aquilo ainda não tinha me feito em pedaços. De repente, a luz de um raio iluminou o rosto da criatura, mostrando não uma expressão de raiva, ou sanguinolenta ou assassina, como eu esperava, mas de medo.

 Eu ouvi uma voz grossa e rouca atrás de mim dizer: "fique tranquilo. Aquilo é um demônio, mas não o machucará enquanto eu estiver aqui". Murmurei uma pergunta quando o nó em minha garganta se desfez: "você é um anjo?"; "Não exatamente", respondeu ele, "mas já fui chamado assim muitas vezes". Eu não entendi  que ele quis dizer, mas sua resposta me encheu de pavor. Eu perguntei: "o que você vai fazer comigo?"; ele não respondeu. Eu me virei para a outra criatura, que já tinha se aproximado um pouco mais de mim. Me virei para o que estava atrás de mim, e vi que ele tinha sumido

. Naquele momento, eu pensei que era o meu fim, mas enquanto eu sentia o cheiro de carne podre da respiração da criatura, eu ouvi um baque. Eu olhei para onde estava a criatura e vi que agora havia uma ainda maior em seu lugar.

 Aquilo se abaixava, para não bater om a cabeça no teto. Era o mesmo ser que havia falado comigo um pouco antes. Também vi a outra criatura. Estava inconsciente, ou talvez morta. Então a grande criatura se abaixou e pôs a menor sobre os ombros. Mas quando ia saindo, aquilo se virou para mim e disse: "Isso já foi um homem como você. E eu também. Então seja cuidadoso, ou você pode ser minha próxima caça".

Outro raio iluminou seu rosto: Era o rosto de um animal, aterrorizante e, ao mesmo tempo, tranquilizante. No momento seguinte, ele tinha sumido, me deixando sozinho com a lembrança de seu rosto e suas últimas palavras antes de sair.

 Pode ser que eu nunca mais o veja de novo, e pelo meu próprio bem, eu espero que não mesmo. Eu nem sei seu nome, mas posso afirmar uma coisa: ele é Aquele que os demônios temem.


Creepypasta retirada do canal Fator Medo .

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Creepypasta: a coisa que espreita nos campos


Foi há algumas semanas que os fardos de feno começaram a se afastar da minha casa. Todo dia, quando eu acordava, cada uma tinha se movido algumas centenas de metros de onde estava antes. Eu conclui que fossem brincalhões sem o que fazer, então eu ignorei.

 Dentro de alguns dias, no entanto, os fardos começaram a se aproximar dos limites da fazenda. Eu estava cansado do joguinho deles, então decidi movê-los de volta aonde estavam antes. Levou uma tediosa hora para levá-los de onde estavam para perto da casa novamente, e quando eu terminei eu estava disposto a quebrar o pescoço dequalquer merdinha que tentasse brincar comigo.
Na manhã seguinte, acordei com cada um dos meus cavalos decapitados. Foi o cheiro que me acordou. Cada um estava caído de lado em seu cercado. Não havia sinal das cabeças. Eu passei o resto do dia limpando a bagunça e enterrando os restos. Foi só quando eu terminei que eu notei que os fardos estavam nas mesmas posições do dia anterior, fora do lugar. Dessa vez eu as deixei onde elas estavam.

Naquela noite eu me sentei na varanda com minha espingarda e um bule de café na mesa ao meu lado. Fiquei sentado por horas estreitando os olhos para enxergar um relance de quem estava movendo meus fardos de feno. Finalmente, eu comecei a cair no sono. Eu poderia ter cochilado, mas assim que meus olhos começaram a fechar, eu ouvi um barulho e um agitar de arvores na mata próxima. Eu me agjitei, com o coração batendo de agitação; eu ia pegar o desgraçado. Eu engatilhei a arma e levantei da cadeira, esperando por quem quer que fosse para chegar mais perto e emboscá-lo. Foi então quando a coisa chegou perto o bastante para eu enxergar sua silhueta no escuro que eu congelei. A coisa que irrompeu em meus campos da mata próxima não pareceu me notar.

Aquilo espreitava, corcunda e deliberado, na posição de um ladrão na ponta dos pés. Se não fosse pelo fato da coisa parecer ter três metros de altura mesmo abaixada, teria parecido quase frágil. A magreza de seus braços e pernas e a forma emaciada de seu peito, com costelas vizíveis, faziam-na parecer um animal faminto. Ainda assim, aquela coisa era inegavelmente forte. E eu a vi armazenar cada fardo de feno abaixo de seus braços com facilidade e abaixá-los cuidadosamente a uma certa distância, precisando apenas de alguns passos largos para cobrir a distância. Eu a vi trabalhar, movendo cada fardo resistentemente. A coisa tirava um tempo para verificar a posição dos outros fardos no campo, antes de ajustar o fardo no qual estava trabalhando.

Antes de ir embora, a criatura olhou para a casa. Eu senti seus olhos escorregarem sobre mim no escuro, mas se me viu ou não, não sei dizer. Então, aquilo se virou silenciosamente e voltou pelo caminho de onde veio, desaparecendo no escuro entre as árvores. Levou uma hora para eu sequer arranjar coragem de me mover. Eu entrei em casa depois de um tempo, mas não dormi naquela noite. Foi só quando o sol nasceu que eu ousei sair de minha varanda para os campos. Os fardos de feno estavam onde a criatura os tinha deixado. Estranhamente, ele não os levou tão longe quanto das outras vezes.

Os fardos se aproximavam de algo invisível nos campos, e quando olhei para eles entendi que eles pareciam marcar alguma linha. Então, quando eu andei ao redor da casa, eu reparei no distinto círculo que eles formavam, comigo no centro. No começo eu achei que os fardos estavam sendo movidos aleatoriamente para longe da casa, mas então eu compreendi que eles estavam formando algum limite. A coisa estava me mandando uma mensagem. Eu dormi inquieto à noite, e só porque estava exausto.

Na manhã seguinte os fardos não tinham sido movidos. Na verdade, não foram movidos o resto da semana inteira. Eles finalmente estavam onde a coisa os queria. Eu quebrei a cabeça tentando interpretá-los. Por que essa coisa gastou tanta energia movendo meus fardos? Por que me ameaçara com tanta violência? Eu deveria tentar interferir? Matar meus cavalos foi só isso: Uma ameaça. Uma ameaça inteligente. Aquilo sabia que me assustaria, e sabia que eu entederia as implicações.

O som de um automóvel vindo em direção à minha fazenda me deu um pouco de animação. Eu planejava abandonar a fazenda desde que vi a coisa, mas eu não podia arriscar ir a pé, ou a coisa faria comigo o que fez com meus cavalos. Mas, se eu conseguisse chegar ao carro com quem quer que estivesse vindo, eu poderia escapar antes que a coisa me pegasse. Eu não sabia ou me importava com quem estava no carro. Eu decidi que no momento que eles parassem o carro, e pularia no banco do passageiro e diria para dar o fora desse maldito lugar. Mas não tive a chance.

O carro andava lentamente pela estrada, balançando devido ao chão desnivelado. Eu rezei silenciosamente para que ele se apressasse. Foi quando o carro passou entre os fardos dos lados da estrada que eu comecei a ouvir o balançar das arvores. A criatura emergiu de repente de dentro das árvores, dando passos largos em todos os seus terríveis e magricelos membros, se abaixando sobre o carro como um gato. Alguns momentos depois estava rasgando e destruindo o painel de aço do carro, tentando pegar o motorista.

O homem, quem quer que fosse, gritou o tempo todo e deu para ouví-lo mesmo com a amassar do metal e o estilhaçar dos vidros. Foi apenas quando a coisa o esmagou em sua mão, indiferente, que os gritos pararam. O monstro o atirou para longe e se ajeitou para olhar na minha direção. Na luz dos sol, eu pude ver a inumanidade naquilo. Era composta inteiramente de algo terrível e vivo que havia sido amarrado em uma bagunçada semelhança de forma humana. Do que quer que fosse feito, pareca tão polído e duro que se não fosse pelo minuto em que se contorceu, eu pensaria que era feito de granito.

A coisa voltou para a mata, me deixando em meu choque. Meus olhos foram até onde o carro estava, o motor ainda soltando fumaça, entre dois dos fardos de feno. Repentinamente, eu entendi. A mensagem estava clara: Eu sou cativo dessa coisa, e não me eram permitidos visitantes. Nada deveria cruzar as fronteiras que aquilo havia estabelecido. Eu estou preso aqui, pela coisa que espreita os campos, e aquilo não exige nada, apenas que eu nunca saia.

Ainda assim, eu não sei se aguento ser o canário daquela coisa. Eu estive pensando muito nos últimos dias desde que eu vi aquilo esmagando o peito daquele homem, e silenciá-lo antes que ele pudesse concluir seu grito. Se eu cruzasse a fronteira dos fardos, a coisa provavelmente faria o mesmo comigo. Aquilo esmagaria meu crânio antes que eu pudesse levantar minhas mãos para me proteger. Iria procurar por um novo bichinho de estimação, e provavelmente continuaria procurando até que encontrasse alguém que soubesse que ela estaria esperando do lado de fora, vigiando todas as horas com seus olhos brilhantes de inseto. 

Estive pensando muito nos últimos dias, e acho que vou ter que tentar.





Creepypasta retirada e traduzida do site Creepypasta wiki .

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Creepypasta: O porão






  Anos atrás, minha família foi passar as férias em Cape Cod e nós alugamos uma velha casinha para ficar por duas semanas. No primeiro andar, havia uma cozinha, uma sala de estar e um banheiro. Os quartos ficavam no andar de cima. Havia um porão, com uma maquina de lavar e uma secadora, um sofá e uma televisão.

  Na primeira noite, nós todos acordamos com um terrível grito vindo do quarto da minha irmã. Quando meu pai entrou no quarto, ele a viu sentada na cama, chorando e gritando. Meus pais sentaram ao lado dela e a confortaram até ela se acalmar o bastante para contar o que a tinha assustado.

  Ela disse que havia acordado no meio da noite por causa de um cheiro horrível. Quando ela abriu os olhos, Viu o quarto inteiro sujo de sangue do teto ao chão. Havia sangue no chão todo, Marcas de mãos sangrentas e manchas de sangue por todo o teto.

  Nós todos pensamos que ela apenas havia tido um pesadelo, mas ela se recusava a voltar para o quarto e dormiu com nossos pais pelo resto do feriado.

  Uma noite, minha mãe estava cozinhando o jantar no andar acima e meu pai havia ido dar uma volta na cidade próxima. Minha irmã e eu estávamos no porão, assistindo TV, quando de repente, a lâmpada estourou e a TV desligou, nos deixando na completa escuridão. O porão estava inacabado e tinha velhas paredes de pedra, o que o tornava um pouco assustador. Por alguns segundos, nós congelamos, sem saber o que fazer. Então nós começamos a sentir um cheiro horrível.

  Era um cheiro terrível e quando chegou a nossos narizes, ficamos nauseados. O cheiro rapidamente piorou e nós ouvimos um som de arranhar no escuro. Parecia que alguma coisa estava arranhando o chão e as paredes. Nós gritamos e começamos a tatear, tentando achar a porta. Eventualmente, os conseguimos abrir a porta e subimos correndo as escadas, gritando por nossa mãe.

  Nós contamos a ela sobre o cheiro horrível e o barulho de alguém arranhando lá embaixo. Minha mãe eventualmente concordou em descer ao porão, substituir a lâmpada e checar a fonte do cheiro. Ela pegou uma lanterna e outra lâmpada e desapareceu no porão escuro, enquanto esperávamos por ela na escada.  Nós esperávamos que ela voltasse rápido, mas ela parecia estar lá por uma eternidade.

  De repente, nós a vimos emergir do escuro e vir correndo pelas escadas. Ela bateu a porta do porão atrás dela e a parafusou-a o mais rápido que pude. Ela se virou para nós e vimos que seu rosto estava totalmente sem cor. Seus olhos estavam arregalados de medo e ela apenas disse: “Eu não quero que vocês desçam lá embaixo de novo”. Então ela foi para a cozinha e chamou a polícia. Nós escutamos a conversa dela no telefone e conseguimos entender que ela havia visto alguém lá embaixo, no porão. Enquanto esperávamos a polícia chegar, nós nos amontoamos na sala de estar, olhando para a porta do porão. A qualquer momento, nós esperávamos alguém bater na porta do porão ou tentar derrubá-la. Minha mãe se recusava a nos contar o que tinha visto.

  Quando a polícia chegou, minha mãe os recebeu na porta da frente e os mandou entrar. Minha mãe desparafusou a porta e eles desceram com suas lanternas e com suas armas sacadas. Eles procuraram pelo porão inteiro, mas não acharam nada. Não havia nenhuma outra saída do porão. Sem portas, sem janelas. O que quer que tivesse entrado ali tinha que ter saído pela porta do porão.

  Depois da polícia ir embora, minha mãe nos contou o que havia visto lá embaixo. Enquanto falava, ela ficou muito parada e quieta. Ela disse que estava trocando a lâmpada, quando começou a sentir o cheiro horrível que havíamos descrito. Então ela começou a ouvir um barulho de arranhado. Ela passou a lanterna pelo quarto e então conseguiu ver alguma coisa abaixada entre a máquina de lavar e a secadora.

  Era um homem. Abaixado sobre os quatro membros. Suas roupas estavam esfarrapadas e seu cabelo era selvagem e emaranhado, e seu rosto não parecia humano. Estava retorcido numa expressão de puro ódio. Nesse meio secundo, ele olhou para minha mãe. Seus olhos refletindo a luz da lanterna. Então ele rastejou e desapareceu por uma parede. Quando minha mãe o viu simplesmente desaparecer em pleno ar, ela deixou cair a lanterna e correu.

  Depois disso, nenhum de nós desceu até o porão. Nós mantivemos a porta trancada e parafusada. Toda noite, nós dormíamos com nossos pais e trancávamos aquela porta também. Nós encurtamos nosso feriado em alguns dias e voltamos para casa.

Creepypasta retirada e traduzida do site Creepypasta Wiki .